Dia 16 de setembro, é celebrado o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, uma data criada pela ONU para conscientizar a população mundial sobre este importante e delicado escudo natural que protege toda a vida na Terra. A camada de ozônio localiza-se na estratosfera, a segunda camada atmosférica a partir da superfície, e atua como um filtro que absorve a maior parte da radiação ultravioleta (UV-B) emitida pelo Sol.
Na década de 1970, cientistas demonstraram que produtos químicos fabricados pelo ser humano e presentes em produtos do cotidiano como aerossóis, espumas, refrigeradores e aparelhos de ar-condicionado, estavam danificando a camada de ozônio. A escala do problema, no entanto, ainda não era conhecida naquela época.
Em 1985, foi descoberto um buraco na camada de ozônio sobre a Antártica, demonstrando que o escudo natural para a radiação UV-B havia sido rompido. O buraco na camada de ozônio foi um dos primeiros alertas globais de que atividades humanas poderiam causar danos severos ao ambiente planetário.
O excesso de exposição à radiação UV-B é prejudicial à saúde humana, à produção agrícola, aos ecossistemas terrestres e aquáticos, e aos ciclos biogeoquímicos terrestres. Além de seu papel crucial na proteção contra os raios UV, o estado da camada de ozônio tem implicações importantes para as mudanças climáticas e o aquecimento global.
O Protocolo de Montreal
Em resposta a esta problemática, em 1987, a comunidade internacional uniu forças para adotar o Protocolo de Montreal, um tratado que visa eliminar a produção e o consumo das substâncias responsáveis pela destruição da camada de ozônio. Hoje, mais de três décadas depois, o Protocolo de Montreal é considerado um dos maiores sucessos ambientais da história, em função da ação coletiva de todos os países. Estudos mostram que a camada de ozônio está em processo de recuperação, com a expectativa de retornar aos níveis pré-1980 em meados deste século.
Camada de Ozônio e Aquecimento Global
Embora a destruição da camada de ozônio e as mudanças climáticas sejam causadas por diferentes processos, existe uma interação entre esses fenômenos. A recuperação da camada de ozônio tem o potencial de alterar padrões de circulação atmosférica, impactando diretamente o clima. A deterioração da camada, por outro lado, poderia agravar as consequências do aquecimento global, pois mudanças na composição química da atmosfera afetam diretamente as trocas de energia e calor entre as diferentes camadas atmosféricas.
Além disso, o aquecimento global pode retardar a recuperação completa da camada de ozônio em certas regiões. A emissão crescente de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, afeta a dinâmica atmosférica, especialmente na estratosfera, onde a camada de ozônio se encontra. Isso pode, em última instância, prolongar a vulnerabilidade da Terra aos efeitos prejudiciais da radiação UV.
Ação Global e Local para a Sustentabilidade
Enquanto o Protocolo de Montreal foi um grande passo à frente, o combate às mudanças climáticas requer um esforço contínuo e global. Assim como conseguimos unir o mundo para salvar a camada de ozônio, precisamos de esforços semelhantes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, combater o desmatamento e promover fontes de energia renováveis.
Na Reatto, continuamos focados na sustentabilidade e na proteção ambiental. Nossa solução promove a redução de emissões de metano ao evitar que resíduos orgânicos sejam destinados a aterros e lixões. A adoção de tecnologias mais limpas e o apoio a programas de reciclagem contribuem para mitigar as mudanças climáticas, preservando o equilíbrio atmosférico que protege a vida na Terra.
O Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio nos lembra do sucesso que a humanidade pode alcançar quando se une em prol de uma causa ambiental. O combate à destruição da camada de ozônio é uma lição valiosa para enfrentarmos os desafios das mudanças climáticas e do aquecimento global. Proteger nosso planeta exige ações coletivas e uma transição para um futuro mais sustentável.
Escrito por Daniel Simão, Engenheiro ambiental de formação (EESC-USP), pesquisador e mestre em Engenharia Ambiental pela UFSC e especializado em Gestão de Áreas Contaminadas, Desenvolvimento Urbano Sustentável e Revitalização de Brownfields pela Escola Politécnica da USP.
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